• " INVESTIMENTOS EM INFRA-ESTRUTURAS EXIGEM FINANCIAMENTO ADAPTADO ÀS CONDIÇÕES DOS PAÍSES AFRICANOS"


    O Presidente da República, João Lourenço, que discursava em nome da União Africana, na IV Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, referiu que a ideia é conceber um novo modelo de financiamento, baseado na justiça económica, na inclusão e na mudança de visão, que poderá fornecer com vista a contribuir para a sua transformação.

    Este quadro, disse o estadista angolano, vai implicar uma reconstrução da arquitectura financeira actual e que poderá ter sempre em conta as prioridades de África, muitas vezes descuradas. "É importante sublinhar que não haverá desenvolvimento no continente africano sem infra-estruturas sólidas e funcionais ", alertou.

    O Presidente da União Africana ressaltou que a capacidade exígua de produção e transporte de energia eléctrica, a falha na rede de estradas e auto-estradas a interligar os países do continente, o baixo investimento em telecomunicações e tecnologia de informação, e outros, com magnitude equivalente ao que se debate, representam, no seu conjunto, factores que representam, no seu conjunto, factores que impediram o crescimento económico e o desenvolvimento, por condicionarem, de forma grave, o comércio e a indústria, a circulação de pessoas e bens, a agricultura e a criação de empregos.

    Face ao quadro, o Presidente João Lourenço considerou a IV Conferência das Nações Unidas sobre Financiamento para o Desenvolvimento uma oportunidade para se dar um impulso decisivo a iniciativas que permitam encontrar mecanismos mais ágeis e mais funcionais para a mobilização de recursos financeiros capazes de enfrentar os desafios recorrentes com os quais se deparam os países em desenvolvimento.

    Entre os desafios enfrentadfos pelos países em desenvolvimento, o líder da União Africana apontou os choques climáticos, as flutuações dos preços das commodities, a erosão da confiança no sistema multilateral e, acima de tudo, o peso insustentável da dívida soberana, que tal como adiantou, consome mais recursos do que os destinados à Saúde e Educação